
A Microsoft anunciou a
inauguração de seu novo Cybercrime Center. A central será a arma da empresa
para combater crimes de informática, usando recursos próprios para encontrar soluções
contra softwares maliciosos, roubo de propriedade intelectual, exploração
infantil e outros males que circulam na web.
A unidade de crimes
digitais passa agora a ocupar um espaço de 1.560 m2 em Redmond, e
trabalha com base em coleta a análise de dados. Além do espaço para os próprios
funcionários, também será permitida a entrada de pessoas e organizações de fora
para colaborar com as pesquisas realizadas dentro da central – fator que, de
acordo com a agência de notícias Reuters, já originou muitas vitórias contra o
crime virtual na história.
O
que há lá dentro? – Na unidade, os
funcionários e colaboradores terão um laboratório para “dissecar” programas
maliciosos, acessível apenas com a leitura de digitais – para garantir a
segurança das informações e impedir que nada “vaze”. “O Microsoft Cybercrime
Center é onde nossos especialistas se reúnem com clientes e sócios para
concentrarem-se em uma só coisa: que as pessoas fiquem seguras on-line”,
afirmou David Finn, da Unidade de Delitos Digitais da Microsoft.
Em outra sala, um
monitor exibe uma lista com países e provedores de internet que têm mais
computadores pertencentes a uma botnet, as redes de “robôs” que executam
funções automaticamente – mesmo sem saber.
Um “cômodo” cheio de
computadores fica bem ao lado da central de monitoramento. As máquinas são
destinadas para uso dos pesquisadores visitantes, que poderão colaborar com a
Microsoft em missões específicas ou por tempo indeterminado.
Histórico
da Microsoft – Quando se trata
de rastrear e derrubar páginas relacionadas ao crime virtual, a gigante dona do
Windows tem um tanto de tradição. Nos últimos anos, “pelo menos metade das
principais ‘derrubadas’ de sites foi feita pela Microsoft”, diz Steve
Santorelli, antigo investigador da empresa, ex-detetive da Scotland Yard e
agora trabalhando na ONG de segurança Team Cymru.
Exemplos mencionados
pela Reuters são a investigação de uma máfia mexicana que vendia jogos piratas
de Xbox, um cartel de pagamentos online que recebia em um estacionamento na
Espanha e um russo criador de vírus. Agentes disfarçados da empresa também já
compraram máquinas na China, e descobriram que todas vinham com Windows pirata
– e uma extensão na investigação ainda revelou que uma série de máquinas “servia”
a uma botnet chamada Nitol.
Relação
com a espionagem – O Cybercrime
Center, no entanto, não vai de encontro à espionagem feita pelo governo
norte-americano – com a qual, aliás, a Microsoft já foi apontada como
colaborada, cedendo dados. O foco será mesmo na “derrubada” de serviços, sites
e redes ligadas ao crime virtual. “Você verá coisas interessantes saindo daqui
em um futuro próximo”, disse Richard Boscovich, ex-procurador federal ligado à
Microsoft. “Essa é uma área em que o que é bom para os negócios é também bom
para a sociedade.”
Fonte: Site
info.abril.com.br
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