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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Proteção de dados pode ficar fora do Marco Civil


Apesar do desejo da presidente Dilma Rousseff de incluir, no projeto de lei do Marco Civil da Internet, um artigo determinando que o armazenamento de dados de brasileiros pelas empresas de internet seja feito em data centers localizados no país, o Congresso deve deixar a questão para uma outra lei.


O relator do projeto do Marco Civil no Congresso, deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), declarou que ainda está estudando a demanda da presidente, mas que “talvez seja melhor incluir essa questão na lei de proteção de dados, que é uma lei específica sobre esse tema”.

Após a revelação de que o governo dos EUA espionou até a presidente Dilma e a Petrobras, o Executivo pediu regime de urgência para a aprovação do projeto, que tramita no Congresso desde 2011. O deputado disse estar confiante que o projeto seja aprovado até o dia 28 de outubro, dentro do prazo de 45 dias estabelecido pelo regime de urgência. Se não for aprovado até o dia 28, a pauta do Congresso ficará trancada.

Convidado para falar em um evento organizado pela Telcomp, associação que reúne mais de 50 empresas prestadoras de serviços de telecomunicações, o deputado afirmou que o marco civil da internet não dará nenhum poder à Anatel. “A Anatel não aparece e nem vai aparecer no Marco Civil“, declarou, contrariando o interesse do setor de telecom, que gostaria de ver uma maior influência da Anatel na regulação da internet. Molon admitiu ainda que o Marco Civil “limita o lucro de algumas empresas“. “O Marco Civil é a favor da sociedade, e o poder público vai dizer que determinadas coisas não dá, pois prejudicam os usuários.“

Fonte: Jornal do Comércio, edição de 26 de setembro de 2013

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