
O perigo da interceptação
de dados foi comprovado pelo repórter do PC World, Eric Geier, que se dispôs a
investigar o que as pessoas estavam acessando a partir da Wi-Fi de um café. Em
artigo publicado no site ele descreveu a experiência.
Fui
até um café na minha vizinhança disposto a “bisbilhotar” para ver o que
conseguiria encontrar. Minha intenção não era “hackear” o computador ou
smartphone de alguém porque isso é ilegal. O que fiz é similar a escutar a
conversa entre dois radioamadores ou pessoas usando um walkie-talkie na
vizinhança. Assim como estes aparelhos, as redes Wi-Fi operam em frequências de
rádio públicas que podem ser “sintonizadas” por qualquer um nas proximidades
Ao
chegar no café abri meu notebook e comecei a capturar os dados trafegando pela
rede Wi-Fi, tecnicamente chamados de “pacotes”, usando uma versão de
demonstração gratuita de um software para análise de redes Wi-Fi. Os pacotes
surgiam na minha tela em tempo real, muito mais rápido do que eu poderia ler,
então parei a captura após alguns minutos pra ver o que havia “caído na rede”.
Primeiro
procurei por pacotes contendo código HTML, para ver quais sites os outros
usuários do hotspot estavam visitando. Embora eu tenha visto atividade dos
outros clientes, não capturei nada muito interessante. Então visitei meu
próprio site, www.egeier.com, em meu smartphone. Os pacotes “brutos” com código
HTML pareciam “lixo”, mas o analisador de rede foi capaz de reconstruir a informação
e exibí-la como uma página web comum. A formatação estava um pouco errada, e
algumas imagens estavam faltando, mas ainda assim o resultado continha
informação suficiente.
Ao
usar meu notebook para me conectar ao meu próprio servidor FTP, consegui
capturar os pacotes contendo meu nome de usuário e senha. Detalhes que
permitiriam que qualquer malfeitor nas redondezas ganhasse acesso ilimitado aos
meus sites.
Os computadores não são os únicos adequados a
esse tipo de espionagem. Também rodei um app chamado DroidSheep em um
smartphone Android com “root”. Este app pode ser usado para ganhar acesso a
contas em serviços web populares como o GMail, LinkedIn, Yahoo e Facebook.
Confira algumas dicas
para proteger sua atividade online enquanto você está acessando seu notebook,
tablet ou smartphone em Wi-Fi pública:
1- Sempre que fizer login em
um site, certifique-se de que a conexão é criptografada. A URL da página de
login deve começar com HTTPS em vez de HTTP.
2- Certifique-se de que a
conexão continua sendo criptografada durante toda a sessão. Alguns sites, entre
eles o Facebook, criptografam o login mas depois lhe redirecionam para uma
sessão insegura, deixando-o vulnerável às práticas perigosas descritas.
3- Muitos sites dão a opção
de criptografar toda a sessão. No Facebook você pode fazer isso habilitando o
item Navegação Segura em Configurações de Segurança. Uma boa forma de garantir
esses três primeiros itens é usando uma extensão para o navegador como a HTTPS
Everywhere da Electronic Frontier Foundation, que força automaticamente o uso
de conexões HTTPS sempre que possível.
4- Ao checar seu e-mail, faça
o login usando o navegador e certifique-se de que a conexão é criptografada. Se
você usa um cliente de e-mail como o Outlook, verifique as configurações e se a
criptografia está habilitada nas contas POP3, IMAP e SMTP.
5- Nunca use o FTP, ou outros
serviços que você sabe que não são criptografados.
6- Para criptografar sua
navegação web e outras atividades online, use uma VPN (Virtual Private Network
- Rede Virtual Privada).
Clique aqui e acesse o
artigo completo.
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