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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Negligência humana e erros de sistema são maiores responsáveis por vazamentos de dados


Os erros humanos e as falhas em sistemas foram os causadores da maioria das violações de dados em 2012. Os problemas incluíram desde o tratamento incorreto de dados confidenciais por parte dos funcionários, a falta de sistema de controle e violações de normas regulatórias do setor e do governo. As informações constam no Relatório 2013 sobre o Custo do Vazamento de Dados, divulgado pela Symantec e Ponemon Institute.


De acordo com a pesquisa, setores altamente regulados, como finanças, saúde e indústria farmacêutica, tiveram custos decorrentes de violações 70% maiores do que outros segmentos. O custo global por registro comprometido ficou acima do valor do ano anterior, e o custo total por violação de dados, nos Estados Unidos, ficou ligeiramente abaixo, em R$ 11,5 milhões.

No Brasil, o custo total médio de um incidente de violação foi de R$ 2,64 milhões. O custo máximo do vazamento de dados entre as 31 empresas sediadas no Brasil foi de R$ 9,74 milhões, e o custo mínimo foi de R$ 230 mil.

De acordo com o Especialista em Segurança e Proteção da Informação da Symantec, Gustavo Leite, o estudo evidencia a importância de uma abordagem bem coordenada das empresas para a segurança das informações, visto que as organizações com setores voltados à proteção ficaram menos expostas aos custos de vazamento de dados.

“Empresas com melhores posturas de segurança protegem informações confidenciais de seus clientes, com uma combinação de treinamento, inteligência e tecnologia. Não importa onde elas estejam”, afirmou.

Confira outros resultados do estudo:

O custo médio por violação de dados varia amplamente em todo o mundo
As diferenças se devem aos tipos de ameaças sofridas pelas organizações, bem como às leis de proteção de dados nos respectivos países. No Brasil, o custo médio por violação chega a R$ 116 por registro, enquanto países como Estados Unidos e Alemanha se mantém no marco de vazamentos mais dispendiosos, cerca de R$ 400 e R$ 424 por registro, respectivamente.

A perda de negócios representa a categoria com maior custo gerado pelo vazamento de dados
Esses custos se referem à rotatividade anormal de clientes, ao aumento das atividades de prospecção, à perda de reputação e à queda no relacionamento. No Brasil, o custo médio da perda de negócios foi de R$ 1,03 milhão, ou 39% do custo total do vazamento de dados. A taxa média de rotatividade anormal foi de 2,4%, com um índice mínimo de rotatividade de zero e máximo de 6,5%.

Falha humana e de sistemas são as principais causas da violação de dados
Juntos, os erros humanos e os problemas com sistemas corresponderam a 64% das violações de dados no estudo global. No Brasil, falhas no sistema e erros de funcionários resultaram em um custo muito mais baixo per capita, de R$ 109 e R$ 107, respectivamente. Uma pesquisa anterior havia mostrado que 62% dos funcionários brasileiros achavam aceitável transferir dados corporativos para fora da empresa e que a maioria nunca apaga os dados, deixando-os vulneráveis a vazamentos. As empresas brasileiras foram as mais suscetíveis a violações causadas por erro humano. 

Ataques dolosos e criminosos são os mais onerosos em todos os mercados
Os resultados mostraram que ataques dolosos e criminosos causaram 37% das violações de dados e são os incidentes de violações de dados mais onerosos em todos os nove países pesquisados. As empresas brasileiras tiveram a segunda violação de dados menos onerosa, R$ 143 por registro violado, atrás da Índia, com R$ 98 por registro.

Monitoramento especializado reduz os custos
A nomeação de diretores de Segurança de Informação, responsáveis por toda estrutura da organização, planos abrangentes para resposta a incidentes e programas de segurança gerais mais sólidos, ajudam a conter o risco de violações. Se a organização tiver uma postura de segurança sólida, o custo médio de uma violação de dados cai para R$ 19 por registro violado. Além disso, planejar-se antecipadamente para a violação e nomear um Diretor de Segurança da Informação, poupa R$ 11 e R$ 6, respectivamente. Por fim, envolver consultores externos para ajudar na resposta à violação gera uma economia de R$ 5 por registro comprometido.

Outros fatores que elevam os custos
Erros de terceiros e a notificação muito rápida da violação de dados às vítimas, aos órgãos reguladores e a outras partes interessadas fizeram com que as empresas nos EUA tivessem o maior aumento nos custos. No Brasil, por exemplo, as violações de dados causadas por terceiros aumentaram o custo per capita em R$ 20. Além disso, os incidentes de violação envolvendo a perda ou o roubo de dados com dispositivos aumentaram o custo per capita em R$ 11 por registro. Por fim, as organizações que notificaram os clientes muito rapidamente, sem uma cuidadosa avaliação ou exame forense, tiveram R$ 6 de custo extra por registro violado, em média.

Cálculo de riscos
As empresas podem avaliar seus próprios riscos, visitando a Calculadora de Riscos de Violação de Dados da Symantec, que leva em conta o tamanho, o setor, a localização e as práticas de segurança da organização para fazer estimativas por registro e também organizacionais.

Práticas para impedir a violação de dados e reduzir os custos

1. Orientar e treinar funcionários sobre como lidar com informações confidenciais.
2. Usar a tecnologia de prevenção contra perda de dados (DLP - Data Loss Prevention) para identificar dados críticos e protegê-los para que não deixem sua organização.
3. Implantar soluções complexas de autenticação forte e criptografia.
4. Preparar um plano de resposta a incidentes, incluindo medidas adequadas para a notificação dos clientes.

Fonte: Site da Symantec

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